segunda-feira, 12 de maio de 2008

O ÓBVIO NÃO DITO

Quase sempre nos acostumamos com o óbvio.
E por ser tudo tão claro..., deixamos de falar.
Ainda que possamos nos expressar de tantas maneiras, nossos ouvidos não perdem a esperança de algum dia poder ouvir palavras de amor...
E as palavras que se expressam no presente, no beijo, no abraço, no gesto, se sufocam no interior da alma, à espera de um grande dia, de um grande evento.
Palavras que nunca foram ditas, não têm destino, não têm partida, são eternas prisioneiras.
Os anos se passam, os eventos se passam, o grande dia não chega... e o amor que tem o ímpeto de voar, fica latente e talvez, jamais, seja dito, falado...
Aquele que ama, sofre; e aquele a quem o amor ama, também.
O que parece óbvio se torna comum, ordinário; e essas almas não se entrelaçam, sustentam-se como colunas escoradas umas nas outras, ignorando a fragilidade desse alicerce...
É preciso que se deixe o amor voar, antes que seja tarde, tão tarde que não possa ser ouvido...
Mesmo que tudo pareça ser tão óbvio, é sempre muito bom ouvir alguém dizer EU TE AMO...