segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Feliz Ano Novo!!!

De Ontem em Diante


"De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia,
a noite e a madrugada são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu aposto contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro?
O antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!...
...Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem"
(Fernando Anitelli)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Carrossel


De todos aqueles brinquedos do parque de diversão, o que mais gosto é o carrossel. Carrosséis são metáforas que representam os altos e baixos por que passamos, onde estamos montados num cavalo chamado tempo, às vezes, com um sorriso no rosto, outras vezes, com ar de medo. Nesse sobe e desce, giramos em círculos em torno de um grande eixo, tal qual a vida, que dá voltas, mas que depois de darmos a primeira, já não somos os mesmos. Quando felizes, queremos que esse cavalo galope, fazendo a brisa tocar o nosso rosto e agitar nossos cabelos. Quando receosos e amedrontados, nos agarramos, com força, à sua crina, como se pudéssemos impedi-lo de correr, e o nosso rosto, transtornado, pede para que o carrossel, então, pare de girar... Ele continua, e nós, girando com ele, passamos a sorrir. Carrosséis foram feitos para a felicidade...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Beatriz Milhazes

Abro hoje a página principal da Uol e tá lá a foto de uma das obras da Beatriz Milhazes informando que começa hoje em Sampa mais uma exposição de colagens e pinturas da artista.
E eu que sou fanzoca de carteirinha da Beatriz fico aqui do outro lado do computador, na expectativa de um dia ver de perto essa maravilha...


Beatriz Milhazes
De 01/12/07 a 26/01/08
Galeria Fortes Vilaça
Informações: 3032-7066

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Só pra relaxar...

Amanhecer Cor de Rosa...



O chão amanhecia coberto por um tapete "pink" da cor das flores daquela árvore...
Era a estação que anunciava a chegada de mais uma safra de jambos.
Primeiro, eram pequenos botões que brotavam dos galhos como gotas em tons verde e rosa; depois acontecia uma grande explosão de penachos que mais pareciam pequenos espanadores, como aqueles que as mulheres mergulham no pó de arroz e espalham em suas faces...
E aí, o vento soprava, os galhos se agitavam e aqueles penachos se desprediam do alto da árvore promovendo uma chuva cor de rosa...
Lembro-me que ao brincar sob o teto cor da "Mangueira", descobríamos muito mais que brincadeiras, descobríamos o quanto se pode ser feliz...
Então, brincávamos de auto-maquiagem, de casinha, observávamos as incessantes abelhas negras, trabalharem dia após dia na fabricação do mel, e ainda víamos pássaros fazerem festa só de passagem ou elegerem aqueles galhos como sustento para o seu ninho...
Era com a chegada de mais uma florada que esperávamos ansiosos pelo fruto que iríamos colher.
Fruto perfumado, rubro e de polpa suculenta, que de tudo se aproveitava, jogando-se apenas o caroço.
Eram dias de comilança, de se escolher os melhores frutos para se fazer géleia e disputar com aqueles que passavam na rua, com olhares invejosos, o "nosso patrimônio".
Por muitas vezes, escalavam o muro de nossa casa e quando menos esperávamos, os invasores recolhiam sacolas de frutos longe dos nossos olhos...
Mas, essa árvore era generosa, tão generosa que, dependendo da safra, junto com o tapete pink surgia uma lama perfumada que vinha dos frutos espatifados no chão pelo vento vigoroso.
E aquele cheiro se impregnava da entrada da casa à cozinha, do chão às panelas repletas de jambo e açúcar que mais tarde se transformariam em geléia, geléia de perfume...
Por muitos anos, nos vimos assim, dia após dia recolhendo frutos no pé para comermos, para darmos outros de comer, para praticarmos a generosidade, para nos sentirmos felizes...
O tempo passou e as lembranças da minha infância se perpetuaram em uma árvore, a qual eu chamo de casa, sim, eu não tinha uma casinha na árvore, ela era a minha própria casinha...
Há alguns meses, meus pais se mudaram e dia desses passei por lá, minha árvore já não mais existia...
O que teriam feito com a minha casa?!
Não importa, eles jamais entenderão o que é amanhecer um dia cor de rosa...

sábado, 24 de novembro de 2007

Um dia no Paraíso...


Nome do Lugar: Praia do Gunga / Litoral Sul de Alagoas -Brasil

segunda-feira, 19 de novembro de 2007


segunda-feira, 5 de novembro de 2007


Sob a mão verde gigante estendida
vejo veios iguais aos da palma da minha mão...
Ramificações minúsculas
que compõem uma gigantesca fonte de vida,
que se estende e me ampara
nos momentos de incertezas e solidão...
Teria Deus mãos verdes gigantes?!
Ou será tudo fruto da minha imaginação?!...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Enquanto isso...no silêncio do jardim...
Janelas são portas da alma, os olhos da casa.
Mantê-las fechadas é fechar-se para o mundo, é esconder-se da vida, é camuflar-se por trás da moldura...
Sua janela tem flores? Flores também tem o seu coração, que deseja oferecer àquele que passa, um pouco mais de delicadeza... Está suja, embaçada? Turva e distorcida será a sua visão...
Olhar através delas é olhar para dentro de si mesmo, é observar o mundo lá fora...
Esqueceu de abri-las? Destrave o que lhe tranca, ponha a cabeça para fora, inspire o vento que passa e deixe a brisa que corre, percorrer a sua alma e libertar seu pensamento...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

No chão árido e batido, pousa uma borboleta...
E com ela, a fragilidade da vida sobre a crua realidade.
Estará aquela terra seca tornando-a mais rude?
Ou será a pequenina borboleta que lhe dá ares de solo fecundo?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"Ver o mundo
num grão de areia
E o céu
numa flor silvestre,
Ter o infinito
na palma da sua mão

E a eternidade em uma hora".
(William Blake)




Por todos os lugares, Deus nos diz:
"Eu amo você"

sábado, 6 de outubro de 2007

Meu pedacinho de chão


Lá no meu pedacinho de chão, onde foi plantada a semente do sonho, passeio e vejo os campos floridos e escuto o som do vento ser cortado pelo canto dos pássaros...
Estarei sonhando?! Não... eu vejo!!!
E a paz que inunda o meu coração, me leva para o futuro com as asas de um ser alado, semelhante aos pássaros que planam no céu com a mesma delicadeza da folha que se desprende dos galhos da mais alta árvore...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O melhor banho do mundo...

Ontem fui fazer uma visita à minha sogra, e encontrei Rebeca, minha sobrinha de apenas 3 anos. Depois de muito brincarmos, estarmos suadas e sujas, chamei-a para tomar banho e de prontidão, ela aceitou.
Peguei toalha, sabonete, shampoo e creme e me dirigia para o banheiro, quando ela me disse:
- Não tia, no banheiro não...Eu quero é na pia...
Tentei convencê-la de que o lugar "certo" de se tomar banho era no banheiro, não na pia...
O que ela retrucou:
- Mas eu não quero no banheiro, eu quero na pia...
A mãe, que estava por perto, me disse:
- Pode levá-la para o tanque que fica na lavanderia, é pra lá que ela quer ir...Uma vez dei banho nela lá, e acho que quer ir de novo...
Foi só concordar e o rosto de Rebeca se encheu de felicidade...Ela estava radiante...
Coloquei-a nos braços e depois dentro "da pia", e com a ajuda de um enorme copo de plástico, jogava a água na pequenina.
Ela fechava os olhos, abria a boca e dizia "AHHHHHHHH"...
Com a alegria genuína dos seres puros, provava-me porque "na pia" o banho era bem melhor...
E eu ali, olhando pra ela... gostaria de, por um instante, voltar a ser criança...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Descobertas...


Caminhando pelo Ibirapuera, elevei meus olhos despreocupados para o alto de uma árvore, num ato despretencioso e lento, e fui surpreendida por uma linda casinha de joão de barro...Uma singela construção em plena Cidade de Pedra...Eu não a procurava, ela me encontrou...Por mais um dia, eu fui feliz...

Em "O Retorno e o Terno", Rubem Alves nos fala, em uma de suas crônicas colecionadas, da beleza da contemplação, do quanto precisamos de tão pouco para sermos, naquele momento, felizes.

E do que, então, é feita a vida ?! Senão de momentos... ?!


"A cabeça é como uma taça que pode estar cheia ou vazia. Se estiver cheia com seus próprios pensamentos, todas as maravilhas do mundo lhe serão inúteis: derramarão pela borda, como a água que se derrama pelas bordas de um copo já cheio. Para se poder ver é preciso parar de pensar." e cita Fernando Pessoa:


"O meu olhar é nítido como um girassol.

Creio no mundo como um malmequer,

Porque vejo. Mas não penso nele,

Porque pensar é não compreender...

O mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo..."

terça-feira, 2 de outubro de 2007

- Ana, cerrá la ventana que viene el viento.
- Ana?
- A dónde?
- Al Edén.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Detalhes

Poderiam ser apenas tijolos enfileirados

formando o mosaico de um piso rústico

de uma antiga casa de fazenda,

se não fossem essas pequenas digitais felinas

cravadas no tijolo ainda fresco,

perpetuadas pelo tempo

e o sorriso que surgiu em meu rosto...

domingo, 16 de setembro de 2007




sábado, 1 de setembro de 2007

Primeiro lírios, agora, violetas florecem no meu jardim...
Fico a pensar o que teria mudado...
Não foram elas que jamais floriram..., era eu que não me permitia me descobrir...
Então, o que mudou?
O meu desejo de mudar. De levantar diariamente, ainda cedo, e além de regá-las, depositar ali o meu amor...
Não foi preciso muito, apenas algum tempo dedicado, e elas me retribuiram assim...
É engraçado, como na vida, às vezes, questionamos as coisas de forma imparcial e não nos damos conta, de que fazemos parte dela, de que podemos mudar, de que podemos fazer algo novo...
Jamais imaginei que conseguiria fazer brotar nas minhas mãos a mágica da vida, tão frágil, tão simples, mas tão sublime...
Minha mãe sempre me diz que é preciso dedicar-se a elas movida pelo amor e o prazer de vê-las brotarem, crescerem, florirem, darem frutos...
Ela estava certa... É preciso tempo...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Cidade Invisível

Dia desses, conversando com minha avó, convidei-a para fazer um passeio de trem, saindo aqui da Capital e passando pela cidade em que ela nasceu. Eu estava entusiasmada com a idéia de percorrer as ruas pelas quais ela tinha brincado quando menina, de visitar os lugares onde funcionava as feiras livres, de sentar nas praças para ver o movimento, as pessoas passarem...
Mas, sua resposta me pegou de surpresa, frustrando todos os meus planos...
-Fico agradecida, minha filha, mas, prefiro não ir...
E eu, sem muito entender a recusa do convite, perguntei o por quê.
Ela, com uma simples resposta, me fez pensar.
- Vivi momentos muito bons quando menina, prefiro guardá-los na memória do jeito que estão. Não quero apagar a imagem que tenho guardada comigo...
É que as lembranças que minha avó tinha daquele lugar eram as melhores possíveis. Tinha guardado com ela, a sete chaves, sua preciosa infância e que o tempo e o progresso fizeram questão de modificar, destruindo o que havia de belo e transformado aquela cidade em algo decadente, tão distante dos dias de esplendor que tivera.
Para mim, neta, as memórias imaginárias que tenho da cidade da minha avó, são aquelas contadas por ela mesma, e por isso, sentia uma enorme vontade de conhecer.
Pensando bem...aquele tempo já passou; as ruas não são as mesmas, a realidade é outra.
E foi por ela assim dizer, que tenho que concordar...
Prefiro guardar comigo a imagem da cidade que não cheguei a ver, mas que carrego comigo no meu imaginário...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MEU PAI SE CHAMA DIGNIDADE

Não sei ao certo quantos anos eu tinha...
Neste dia, eu estava com meus irmãos e minha mãe em visita a uma instituição de caridade (meu pai não havia ido conosco por algum motivo que não me recordo agora).
Os portões de acesso à instituição estavam fechados e avistamos um menino em nossa direção com as chaves na mão para abrir os portões. Era manco, mas vinha com um sorriso no rosto nos receber. Quando entramos, ele nos cumprimentou e começamos a conversar. Queria saber quem éramos. E foi em meio à conversa com minha mãe, que ele perguntou pelo esposo dela e o que ele fazia. Médico, ela respondeu. Ele voltou a perguntar: De quê? Ela disse: De osso, ortopedista. E ainda nem havia dito o nome dele, quando ele falou: Eu sei quem ele é, foi ele que me operou e me fez andar de novo!! (O nome do meu pai foi confirmado para ele, posteriormente). Mas, ele não tinha dúvidas, algo lhe dizia que o marido daquela mulher, era o tal médico.
Nunca esqueci as palavras daquele menino, que deficiente, se sentia feliz por ter voltado a andar.
E guardava no coração a gratidão pelo meu pai (que talvez nem soubesse ou saiba ter feito a diferença na história daquela criança). Assim como para aquele menino, meu pai me fez andar pelos caminhos tortuosos da vida, mas sempre retos, dignos e honestos. Provando-me que é sempre possível preservar nossos valores mais nobres capazes de dignificar a nossa história e descendência, e que embora em silêncio a vida passe (sem aplausos e holofotes), ... o mundo jamais deixará de ser transformado por gestos como o seu, de fazer com todo o seu melhor apesar de.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007



Meu jardim pela manhã...


terça-feira, 7 de agosto de 2007

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Lírios são como os nossos dias...


No dia do meu aniversário, ganhei de uma amiga, lírios.
E uma aflição começou a tomar conta de mim...eu não sabia muito bem o que fazer com eles nas mãos, quase sempre morriam...
Mas, o tempo foi passando e eu fui aprendendo com meus erros e acertos...
8 meses depois...floriram!!!
E me ensinaram que a vida é feita de pequenos momentos...
Que devemos viver um dia de cada vez...

"Se no teu centro um Paraíso não puderes encontrar,

não existe chance alguma de, algum dia, nele entrar".


terça-feira, 31 de julho de 2007

Dias inesquecíveis...


Parece pintura...mas estava bem diante dos meus olhos e agora muito próximo do meu coração...

Esse foi o nosso endereço de dias inesquecíveis...

sábado, 21 de julho de 2007


Era quarta-feira, meio da semana, um dia como outro qualquer, ... minha campainha toca...

Era a minha vizinha com rosas do seu jardim para mim...

Agora, a minha casa além de mais bonita, estava mais perfumada, mais alegre, mais feliz...

Felicidade não tem preço...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Eu acho que vi um gatinho...


Adoro bichos, mas tenho paixão pelos gatos...

Perdi a conta de quantos tive.

Desde muito pequenina, era assim: tinha os meus, mas se algum gatinho faminto aparecesse em casa..."Deixa eu ficar com ele, pai?! Por faaaavooorrrr!!!!" E o drama começava...

E sempre foi assim até eu me casar e ir morar em um apê.

Foi, então, que minha mãe me deu a primeira família de gatinhos (já que eu não podia ter os de carne, osso e pêlos... devido a minha falta de espaço e tempo).

E é inevitável nas minhas viagens não trazer mais um.

Os amigos foram se solidarizando e a gataiada aumentaaando...
tem até estrangeiro (gato miando em espanhol, kkk).

Só resta saber onde irá parar esta minha obsessão... :)

terça-feira, 10 de julho de 2007

O Amor está no Ar...




Elas chegavam sempre juntinhas para a minha alegria.
Todo final de tarde eu ficava na janela esperando elas chegarem...
Sagrada a hora em que elas se recolhiam...Era um presente pra mim.
A cena se repetia dia após dia e me comovia pela simplicidade e serenidade como ela acontecia...
Resolvi, então, registrar esse encontro de amor diário, e acabei por separá-las pelo "flash" da minha máquina fotográfica. Nunca mais as vi por aqui...
Agora, ao entardecer, entristeço-me, pelo que, sem saber, o fiz...
Meu jardim não é mais o mesmo...
Aprendi que, às vezes, pensamos estar fazendo o melhor, mas, nem sempre, o é...

terça-feira, 3 de julho de 2007

E o mar tem franjas???

“As Franjas do Mar” é um termo retirado do livro “Hoje é dia de Maria”, e é o mesmo que destino, o lugar onde Maria, a personagem, deseja chegar. É a terra dos sonhos...
Pra mim, a terra dos sonhos tem muitos nomes...
E pra você?